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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quase como em um encontro "autistico", onde por hora eu desviei o olhar, boa parte do tempo
afim de não conseguir sustentar o olhar, em um olhar materno sofrivel e abatido, que convocava me,
inumeras vezes ao seu resgaste, fugi da conversa mantendo o olhar fixo em meu livro, e tentando não acessar aquelas areas dolorosas que aquela conversa me trazia, remoia, e não queria nem poderia eu, aquela altura da manhã, entristecer me, pois precisava concentrar me nos estudos,contudo, algo em mim , preciso que a deixasse esvaziar o conteudo do qual a mesma vinha me dizer,e então surgiu um gancho para eu contar lhe e usar o personagem do livro que eu estava lendo ,como referencia ao resgate de sua propria vida,entendi já algum tempo que eu , como filha, não posso afudar me no buraco juntamente com ela, eu resgastei me do buraco de aflições e derrotas, e ela me confidencia, que eu consequentemente a resgatei, a parti desse momento a minha atenção e meu olhar não poderiam mais se esconder e investi  o olhar e a as palavras das quais achei que caberiam para mim dizer no momento,falei  o tempo todo fazendo uma analogia sobre o personagem pelo qual me debruçava na leitura " Severina", e sobre a sua vida amarga e sofrida, tal qual como a sua, e sobre apos uma serie de tentativas e experiencias frustradas, ela conseguira por fim, ressignificar sua existencia, não esquecer seu passado, mais fazer com que esse tivesse um significado , um peso, menos doloroso, nas suas lembranças, e achava que assim deveria ser seu proceder, e em poucas palavras falei sobre como para mim é pesado tudo isso, como profissional e como filha, algumas palavras são duras demais, e então evidencio e fortifico a necessidade de seus laços terapeuticos continuarem com sua analista, por mais doloroso que isso seja,pois nenhum processo terapeutico é fácil e agradavel, mas so os anos poderiam compensar, tudo o que ate então ela viveu.